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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

GP Giorgio Frassati

Somos um grupo de aproximadamente 15 amigos de diversas realidades, carismas e paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte que, respondendo ao convite que sua Santidade o Papa Bento XVI dirigiu aos jovens em sua mensagem para a JMJ de Madri, desejamos participar da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Madri neste ano.

Como os demais grupos do Brasil e da Arquidiocese de Belo Horizonte, somos um grupo formado por jovens com baixa condição financeira. Estamos realizando atividades para arrecadar verbas. Caso tenha interesse em colaborar com alguma doação ficaríamos muito grato!

Escolhemos o Beato Pier Giorgio Frassati como nosso padroeiro, além do fato dele ter sido um dos padroeiros da JMJ em Sidney, neste ano, no dia 06 de abril, completará 110 anos de seu nascimento. Frassati foi um extraordinário jovem que, por amor a Cristo dou sua vida generosamente aos cuidados dos mais necessitados e seus amigos. João Paulo II o chamou de “O Homem das oito Bem-Aventuranças”. 


Nosso grupo é caracterizado pela generosidade, compromisso, pontualidade, espírito missionário e amor à Cristo, a Igreja e ao Papa

Entre em contato conosco pelo e-mail: jmj2011@centroschuman.org 



"Enraizados e Edificados em Cristo, Firmes na Fé" (cf. Col 2, 7)



Mensagem de Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude 2011

Mensagem de Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude 2011

Bollettino della Sala Stampa della Santa Sede
(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)







"Enraizados e edificados em Cristo,
firmes na fé" (Col 2, 7)


Queridos amigos,


penso com frequência na
Jornada Mundial da Juventude de Sidney, em 2008. Ali, vivemos uma grande festa da fé, na qual o Espírito de Deus agiu com força, criando uma intensa comunhão entre os participantes, vindos de todas as partes do mundo. Aquele encontro, como os precedentes, produziu frutos abundantes na vida de muitos jovens e de toda a Igreja. Nosso olhar dirige-se agora para a próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Madri, no mês de agosto de 2011. Já em 1989, alguns meses antes da histórica queda do Muro de Berlim, aperegrinação dos jovens fez uma parada na Espanha, em Santiago de Compostela. Agora, no momento em que a Europa tem que voltar a encontrar suas raízes cristãs, fixamos nosso encontro em Madri, com o lema: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Col 2, 7). Convido-vos a este evento tão importante para a Igreja na Europa e para a Igreja universal. Além disso, gostaria que todos os jovens, tanto os que compartilham nossa fé quanto os que hesitam, duvidam ou não creem, pudessem viver esta experiência, que pode ser decisiva para a vida: a experiência do Senhor Jesus ressuscitado e vivo, de seu amor por cada um de nós.


1. Nas fontes de vossas maiores aspirações

Em cada época, também em nossos dias, numerosos jovens sentem o profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade. Muitos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família unidade, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz.
Ao recordar minha juventude, vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que mais ocupam a mente dos jovens. Sim, a questão do lugar de trabalho, e com ela a de ter o futuro assegurado, é um problema grande e premente, mas ao mesmo tempo a juventude segue sendo a idade na qual se busca uma vida maior. Ao pensar em meus anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida mesma em sua imensidão e beleza. Certamente, isso dependia também de nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer, "encerrados" pelo poder dominante. Por isso, queríamos ir para fora, para entrar na abundância das possibilidades do ser homem. Mas creio que, em certo sentido, este impulso de ir mais além do habitual está em cada geração. Desejar algo mais que a cotidianidade regular de um emprego seguro e sentir o desejo do que é realmente grande faz parte do ser jovem. Trata-se somente de um sonho vazio que desaparece quando uma pessoa se torna adulta? Não, o homem, na verdade, está criado para o que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente. Santo Agostinho tinha razão: nosso coração está inquieto, até que não descanse em Ti. O desejo da vida maior é um sinal de que Ele nos criou, de que levamos sua "marca". Deus é vida, e cada criatura tem a vida; de um modo único e especial, a pessoa humana, feita à imagem de Deus, aspira ao amor, à alegria e à paz. Então, compreendemos queé um contrassenso pretender eliminar a Deus para que o homem viva. Deus é a fonte da vida; eliminá-lo equivale a separar-se desta fonte e, inevitavelmente, privar-se da plenitude e da alegria: "sem o Criador, a criatura se dilui" (Concílio Ecumênico Vaticano II, Constituição Gaudium et Spes, 36). A cultura atual, em algumas partes do mundo, sobretudo no Ocidente, tende a excluir a Deus, ou a considerar a fé como um ato privado, sem nenhuma relevância na vida social. Embora o conjunto dos valores, que são o fundamento da sociedade, provenha do Evangelho – como o sentido da dignidade da pessoa, da solidariedade, do trabalho e da família -, constata-se uma espécie de "eclipse de Deus", uma certa amnésia, mais ainda, uma verdadeira rejeição do cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida, com o risco de perder aquilo que mais profundamente nos caracteriza.

Por esse motivo,
queridos amigos, convido-vos a intensificar vosso caminho de fé em Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja. Como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Colossos, é vital ter raízes e bases sólidas. Isso é verdade, especialmente hoje, quando muitos não têm pontos de referência estáveis para construir sua vida, sentindo-se assim profundamente inseguros. O relativismo que se difundiu, e para o qual tudo dá no mesmo e não existe nenhuma verdade, nem um ponto de referência absoluto, não gera verdadeira liberdade, mas instabilidade, desajuste e um conformismo com as modas do momento. Vós, jovens, tendes o direito de receber das gerações que vos precedem pontos firmes para fazer vossas opções e construir vossa vida, do mesmo modo que uma planta necessita de um apoio sólido até que cresçam suas raízes, para se converter em uma árvore robusta, capaz de produzir fruto.


2. Enraizados e edificados em Cristo

Para ressaltar a importância da fé na vida dos crentes, gostaria de deter-me em três termos que São Paulo utiliza em: "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Col 2, 7). Aqui, podemos distinguir três imagens: "enraizado" evoca a árvore e as raízes que a alimentam; "edificado" refere-se à construção; "firme" alude ao crescimento da força física ou moral. Trata-se de imagens muito eloquentes. Antes de comentá-las, é preciso assinalar que no texto original as três expressões, desde o ponto de vista gramatical, estão no passivo: quer dizer, que
é Cristo mesmo quem toma a iniciativa de enraizar, edificar e tornar firmes os crentes.

A primeira imagem é a da árvore, firmemente plantada no solo por meio de raízes, que lhe dão estabilidade e alimento. Sem as raízes, seria levada pelo vento, e morreria. Quais são nossas raízes? Naturalmente, os pais, a família e a cultura de nosso país são um componente muito importante de nossa identidade. A Bíblia mostra-nos outro mais. O profeta Jeremias escreve: "Bendito quem confia no Senhor e coloca no Senhor sua confiança. Será uma árvore planta junto á água, que junto às correntes lança suas raízes. Quando chega a estiagem, não a sentirá, sua folha estará verde; no ano da seca, não se inquieta, não deixa de dar fruto" (Jer 17, 7-8). Enraizar, para o profeta, significa voltar a colocar sua confiança em Deus. D'Ele vem nossa vida. Sem Ele, não poderíamos viver de verdade. "Deus nos deu a vida eterna e esta vida está em seu Filho" (1 Jo 5, 11). Jesus mesmo apresenta-se como nossa vida (cf. Jo 14, 6). Por isso,
a fé cristã não é somente crer na verdade, mas, sobretudo, é uma relação pessoal com Jesus Cristo. O encontro com o Filho de Deus proporciona um dinamismo novo a toda a existência. Quando começamos a ter uma relação pessoal com Ele, Cristo revela-nos nossa identidade e, com sua amizade, a vida cresce e realiza-se em plenitude. Existe um momento na juventude em que cada um se pergunta: qual sentido tem minha vida, que finalidade, que rumo devo lhe dar? É uma fase fundamental que pode perturbar a mente, às vezes durante muito tempo. Pensa-se em qual será nosso trabalho, as relações sociais que devem se estabelecer, que afetos devem se desenvolver... Neste contexto, volto a pensar em minha juventude. De certo modo, logo percebi que o Senhor me queria sacerdote. Mas, mais adiante, depois da guerra, quando no seminário e na universidade me dirigia até essa meta, tive que reconquistar essa certeza. Tive que me perguntar: é esse, de verdade, meu caminho? É, de verdade, a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de permanecer-lhe fiel e estar totalmente à disposição d'Ele, a Seu serviço? Uma decisão assim também causa sofrimento. Não pode ser de outra maneira. Mas, depois, tive a verdade: está certo! Sim, o Senhor me quer, por isso me dará também a força; Escutando-lhe, estando com Ele, chego a ser eu mesmo. Não conta a realização de meus próprios desejos, mas sim Sua vontade. Assim, a vida torna-se autêntica.

Como as raízes da árvore a mantém plantada firmemente na terra, assim os alicerces dão à casa uma estabilidade perdurável.
Mediante a fé, estamos enraizados em Cristo (cf. Col 2, 7), assim como uma casa está construída sobre os alicerces. Na história sagrada, temos numerosos exemplos de santos que edificaram sua vida sobre a Palavra de Deus. O primeiro: Abraão. Nosso pai na fé obedeceu a Deus, que lhe pedia que deixasse a casa paterna para encaminhar-se a um país desconhecido. "Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus" (Tg 2, 23). Estar enraizados em Cristo significa responder concretamente ao chamado de Deus, confiando-se a Ele e colocando em prática Sua Palavra. Jesus mesmo repreende a seus discípulos: "Por que me chamais 'Senhor, Senhor!' e não fazeis o que vos digo?" (Lc 6, 46). E recorrendo à imagem da construção da casa, complementa: "Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica [...] é semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. As águas transbordaram, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa e não a puderam abalar, porque ela estava bem construída" (Lc 6, 47-48).

Queridos amigos, construí vossa casa sobre a rocha, como o homem que "cavou bem fundo". Tentai também vós acolher a cada dia a Palavra de Cristo. Escutai-o como ao verdadeiro Amigo com quem compartilhar o caminho de vossa vida. Com Ele ao vosso lado, sereis capazes de afrontar com valentia e esperança as dificuldades, os problemas, também as desilusões e os fracassos. Continuamente apresentar-vos-ão propostas mais fáceis, mas vós mesmos percebereis que se revelam como enganosas, não dão serenidade nem alegria. Somente a Palavra de Deus mostra-nos o caminho autêntico, somente a fé que nos foi transmitida é a luz que ilumina o caminho. Acolhei com gratidão este dom espiritual que haveis recebido de vossas famílias e esforçai-vos para responder com responsabilidade ao chamado de Deus, convertendo-vos em adultos na fé. Não creiais nos que dizem que não necessitais dos outros para construir vossa vida. Apoiai-vos, ao contrário, na fé de vossos entes queridos, na fé da Igreja, e agradecei ao Senhor por tê-la recebido e tê-la feito vossa.


3. Firmes na fé

Estai "enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cf. Col 2, 7). A carta, da qual foi tirado esse convite, foi escrita por São Paulo para responder a uma necessidade concreta dos cristãos da cidade de Colossos. Aquela comunidade, de fato, estava ameaçada pela influência de certas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do Evangelho. Nosso contexto cultural, queridos jovens, tem numerosas analogias com o dos colossenses de então. Com efeito,
há uma forte corrente de pensamento laicista que deseja afastar Deus da vida das pessoas e da sociedade, lançando as bases e tentando criar um "paraíso" sem Ele. Mas a existência ensina que o mundo sem Deus converte-se em um "inferno", onde prevalece o egoísmo, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e os povos, a falta de amor, alegria e esperança. Ao contrário, quando as pessoas e os povos acolhem a presença de Deus, Lhe adoram em verdade e escutam Sua voz, constrói-se concretamente a civilização do amor, onde cada um é respeitado em sua dignidade e cresce a comunhão, com os frutos que isso implica. Há cristãos que se deixam seduzir pelo modo de pensar laicista, ou são atraídos por correntes religiosas que lhes afastam da fé em Jesus Cristo. Outros, sem deixar-se seduzir por elas, simplesmente deixaram que se esfriasse a sua fé, com as inevitáveis consequências negativas no plano moral.

O apóstolo Paulo recorda aos irmãos, contagiados pelas ideias contrárias ao Evangelho, o poder de Cristo morto e ressuscitado. Esse mistério é o fundamento de nossa vida, o centro da fé cristã. Todas as filosofias que o ignoram, considerando-o "loucura" (1 Co 1, 23), mostram seus limites antes as grandes perguntas presentes no coração do homem. Por isso, também eu, como Sucessor do apóstolo Pedro, desejo confirmar-vos na fé (cf. Lc 22, 32), Cremos firmemente que Jesus Cristo se entregou na Cruz para oferecer-nos Seu amor; em sua paixão, suportou nossos sofrimentos, carregou nossos pecados, alcançou-nos o perdão e reconciliou-nos com Deus Pai, abrindo-nos o caminho da vida eterna. Deste modo, fomos libertados do que mais paralisa nossa vida: a escravidão do pecado, e podemos amar a todos, inclusive aos inimigos, e compartilhar este amor com os irmãos mais pobres e em dificuldade.

Queridos amigos,
a cruz geralmente provoca medo, porque parece ser a negação da vida. Na verdade, é o contrário. É o "sim" de Deus ao homem, a expressão máxima de seu amor e a fonte de onde emana a vida eterna. De fato, do coração de Jesus aberto na cruz brotou a vida divina, sempre disponível para quem aceita olhar ao Crucificado. Por isso, quero convidar-vos a acolher a cruz de Jesus, sinal do amor de Deus, como fonte de vida nova. Sem Cristo, morto e ressuscitado, não há salvação. Somente Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino da justiça, paz e amor, ao que todos aspiramos.


4. Crer em Jesus Cristo sem vê-Lo

No Evangelho, é-nos descrita a experiência de fé do apóstolo Tomé quando acolhe o mistério da cruz e ressurreição de Cristo. Tomé, um dos doze apóstolos, seguiu a Jesus, foi testemunha direta de suas curas e milagres, escutou suas palavras, viveu o espanto ante sua morte. Na tarde da Páscoa, o Senhor aparece aos discípulos, mas Tomé não está presente, e quando lhe contam que Jesus está vivo e apareceu a eles, diz: "Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei" (Jo 20, 25).

Também nós gostaríamos de poder ver a Jesus, poder falar com Ele, sentir mais intensamente ainda sua presença. Muitos hoje acham difícil ter acesso a Jesus. Muitas das imagens que circulam de Jesus, e que se fazem passar por científicas, lhe tiram sua grandeza e a singularidade de sua pessoa. Por isso, ao longo de meus anos de estudo e meditação, fui amadurecendo a ideia de transmitir em um livro algo de meu encontro pessoal com Jesus, para ajudar de alguma forma a ver, escutar e tocar ao Senhor, em quem Deus saiu ao nosso encontro para se deixar conhecer. De fato, Jesus mesmo, aparecendo novamente aos discípulos depois de oito dias, diz a Tomé: "Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé" (Jo 20, 27). Também para nós é possível ter um contato sensível com Jesus, colocar, por assim dizer, a mão nos sinais de Sua Paixão, os sinais de seu amor. Nos Sacramentos, Ele vem até nós de uma forma particular, entrega-se a nós. Queridos jovens, aprendei a "ver", a "encontrar" a Jesus na Eucaristia, onde está presente e próximo até entregar-se como alimento para nosso caminho; no Sacramento da Penitência, onde o Senhor manifesta sua misericórdia oferecendo-nos sempre seu perdão. Reconhecei e servi a Jesus também nos pobres e enfermos, nos irmãos que estão em dificuldade e necessitam de ajuda.

Iniciai e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé. Conhecei-O mediante a leitura dos Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica; falai com Ele na oração, confiai n'Ele. Nunca vos trairá. "A fé é, antes de tudo, uma adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou" (Catecismo da Igreja Católica, 150). Assim, podereis adquirir uma fé madura, sólida, que não se funda unicamente em um sentimento religioso ou em uma vaga recordação do catecismo de vossa infância. Podereis conhecer a Deus e viver autenticamente d'Ele, como o apóstolo Tomé, quanto professou abertamente sua fé em Jesus: "Meu Senhor e meu Deus".


5. Sustentados pela fé da Igreja, para ser testemunhas

Naquele momento, Jesus exclama: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 20, 29). Pensava no caminho da Igreja, fundada sobre a fé das testemunhas oculares: os Apóstolos. Compreendemos agora que
nossa fé pessoal em Cristo, nascida do diálogo com Ele, está vinculada à fé da Igreja: não somos crentes isolados, mas sim, mediante o Batismo, somos membros desta grande família, e é a fé professada pela Igreja que assegura nossa fé pessoal. O Credo que proclamamos a cada domingo na Eucaristia protege-nos precisamente do perigo de crer em um Deus que não é o que Jesus nos revelou: "Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé" (Catecismo da Igreja Católica, 166). Agradeçamos sempre ao Senhor pelo dom da Igreja; ela nos faz progredir com segurança na fé, que nos dá a verdadeira vida (cf. Jo 20, 31).

Na história da Igreja, os santos e mártires tiraram da cruz gloriosa a força para serem fiéis a Deus até a entrega de si mesmos; na fé, encontraram a força para vencer as próprias debilidades e superar toda a adversidade. De fato, como diz o apóstolo João: "Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" (1 Jo 5, 5).
A vitória que nasce da fé é a do amor. Quantos cristãos foram e são um testemunho vivo da força da fé que se expressa na caridade. Foram artífices da paz, promotores da justiça, animadores de um mundo mais humano, um mundo segundo Deus; comprometeram-se em diferentes âmbitos da vida social, com competência e profissionalismo, contribuindo eficazmente para o bem de todos. A caridade que brota da fé lhes levou a dar um testemunho muito concreto, com a palavra e as obras. Cristo não é um bem somente para nós mesmos, mas é o bem mais precioso que temos para compartilhar com os demais. Na era da globalização, sejais testemunhas da esperança cristã no mundo todo: são muitos os que desejam receber esta esperança. Ante o sepulcro do amigo lázaro, morto há quatro dias, Jesus, antes de voltar a chamá-lo a vida, diz a sua irmã Marta: "Se credes, vereis a glória de Deus" (Jo 11, 40). Também, vós, se credes, se souberdes viver e dar, a cada dia, testemunho de vossa fé, sereis um instrumento que ajudará a outros jovens como vós a encontrar o sentido e a alegria da vida, que nasce do encontro com Cristo.


6. Rumo à Jornada Mundial de Madri

Queridos amigos, vos reitero o convite a participar da Jornada Mundial da Juventude em Madri. Com profunda alegria, espero a cada um pessoalmente, Cristo quer assegurar-vos na fé por meio da Igreja.
A escolha de crer em Deus e segui-Lo não é fácil. Vê-se obstaculizada por nossas infidelidades pessoais e por muitas vozes que nos sugerem vias mais fáceis. Não vos desanimeis, buscai o apoio da comunidade cristã, o apoio da Igreja. Ao longo deste ano, preparai-vos intensamente para o encontro de Madri com vossos bispos, sacerdotes e responsáveis da pastoral juvenil nas dioceses, nas comunidades paroquiais, nas associações e movimentos. A qualidade de nosso encontro dependerá, sobretudo, da preparação espiritual, da oração, da escuta em comum da Palavra de Deus e do apoio recíproco.

Queridos jovens, a Igreja conta convosco. Necessita de vossa fé viva, vossa caridade criativa e o dinamismo de vossa esperança. Vossa presença renova a Igreja, rejuvenesce-a e lhe dá um novo impulso. Por isso, asJornadas Mundiais da Juventude são uma graça não somente para vós, mas para todo o Povo de Deus. A Igreja na Espanha está preparando-se intensamente para acolher-vos e viver a experiência gozosa da fé. Agradeço às dioceses, paróquias, santuários, comunidades religiosas, associações e movimentos eclesiais que estão trabalhando com generosidade na preparação deste evento. O Senhor não deixará de abençoá-los. Que a Virgem Maria acompanhe este caminho de preparação. Ela, no anúncio do Anjo, acolheu com fé a Palavra de Deus; com fé consentiu que a obra de Deus se cumprisse nele. Pronunciando seu "fiat", recebeu o dom de uma caridade imensa, que a impulsionou a se entregar inteiramente a Deus. Que Ela interceda por todos vós, para que na próxima Jornada Mundial possais crescer na fé e no amor. Asseguro-vos minha recordação paterna na oração e vos bendigo de coração.

Dado no Vaticano, aos 6 de agosto de 2010, Festa da Transfiguração do Senhor.

O que são as Jornadas Mundiais da Juventude?

O que são as Jornadas Mundiais da Juventude?

Segundo o Papa João Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude são “acontecimentos providenciais (e não ritos convencionais) para que os jovens professem e proclamem cada vez com mais alegria sua fé em Cristo... acolhendo uma iniciativa proposta pelos próprios jovens (as jornadas) nasceram do desejo de oferecer-lhes significativos momentos de pausa na constante peregrinação da fé”.[1]

Sua finalidade principal é “colocar Jesus Cristo no centro da fé e da vida de cada jovem, para que seja o ponto de referência constante e a luz verdadeira... todas juntas, ao longo desta década, se apresentam como um contínuo e premente convite a fundamentar a vida e a fé na rocha que é Cristo (...) Numa Jornada Mundial o jovem pode viver uma forte experiência da fé e de comunhão, que lhe ajudará a afrontar as perguntas mais profundas da existência e a assumir responsavelmente o próprio lugar na sociedade e na comunidade eclesial.” [2]

O próprio Papa sublinha que a proposta das jornadas “não é uma alternativa à pastoral da juventude ordinária, frequentemente realizada com grande sacrifício e abnegação. Quer fortalecê-la oferecendo-lhe novos estímulos de compromisso, metas cada vez mais significativas e participativas. Tendendo a suscitar uma maior ação apostólica entre os jovens, não quer isolá-los do resto da comunidade, senão fazê-los protagonistas de um apostolado que contagie (...)”. E diz: “peço aos responsáveis da pastoral da juventude a servirem-se cada vez com maior generosidade e criatividade das Jornadas Mundiais da Juventude como acontecimento que, dentro do itinerário normal da educação na fé, seja uma manifestação privilegiada da atenção e da confiança que toda a
Igreja sente nas jovens gerações.”[3]
As


Jornadas Mundiais da Juventude são celebradas anualmente: uma jornada mundial a cada dois ou três anos, intercalada por eventos diocesanos, celebrados no Domingo de Ramos. Para cada Jornada, o Santo Padre sugere um tema para reflexão e vivência.


Espiritualidade das Jornadas Mundiais da Juventude



Os conteúdos desta experiência e de sua espiritualidade são:


O Encontro com Jesus Cristo

“Por isso, justamente, a Cruz tornou-se o centro das Jornadas Mundiais da Juventude”. (Bento XVI, 9 abril de 2006). A JMJ convida sempre os jovens a se encontrar com Jesus Cristo e descobrir sua face, pois “o cristianismo não é simplesmente uma doutrina; é um encontro na fé com Deus, que se tornou presente na nossa história, com a encarnação de Jesus.”[4]

O Papa João Paulo II pede para “tornar possível este encontro com todos os meios, contemplando Jesus que vos procura apaixonadamente (...) Somente o encontro com Jesus poderá dar sentido pleno à vossa vida: ‘Criastes-nos para Vós [ó Senhor], e o nosso coração está inquieto, enquanto não descansar em Vós’, escrevia Santo Agostinho (Confissões I,

1). Não vos deixeis distrair nesta busca. Perseverai nela, porque aquilo que está em jogo é a vossa plena realização.”[5]
É um encontro na Palavra de Deus e na Igreja:

“Procurai-O com os olhos da carne, através dos acontecimentos da vida e do rosto dos outros; mas procurai-O também com os olhos da alma, por intermédio da oração e da meditação da Palavra de Deus, uma vez que a contemplação do rosto de Cristo não pode inspirar-se senão naquilo que se diz dele na Sagrada Escritura (...) E não esqueçais de buscar Cristo e de reconhecer a sua presença na Igreja. Ela é como que o prolongamento da sua ação salvífica no tempo e no espaço. É nela e por intermédio dela que Jesus continua a tornar-se visível hoje e a fazer-se encontrar pelos homens.”[6]

Na Sagrada Eucaristia, nos pobres e nos que sofrem:


“O mesmo Redentor está presente no sacramento da Eucaristia (...) A santa Missa torna-se então o verdadeiro encontro de amor com Aquele que se entregou completamente por nós.”[7]
“Caros amigos, se aprenderdes a descobrir Jesus na Eucaristia, sabereis descobri-lo também nos vossos irmãos e irmãs, em particular nos mais pobres.”[8]

Amor à Igreja na pessoa do Papa e escuta de sua palavra:

“Um fator determinante da JMJ é o encontro entre o Papa e os jovens. Os jovens e o Papa juntos. O Papa é o 'coagulante' e o 'aglutinador' das diferentes e variadas multidões de jovens. É o sinal visível da unidade e da comunhão da Igreja, sua presença reforça a consciência e a alegria dos jovens de pertencer a uma Igreja fervorosa e viva (...)

Ainda que muitos deles sejam alheios à Igreja, aceitam, porém, a exigência e a firmeza do ensino do Papa, porque reconhecem nele um verdadeiro pai que deseja guiá-los pelos caminhos que levam à vida, que é capaz de escutá-los, de animá-los e de amá-los. São tocados pela força serena testemunhada pelo Santo Padre, no meio da sua fadiga e doenças; acolhem o grande contraste entre a fraqueza física que lhe oprime e a força interior que o anima, tanto é assim que ele não tem medo de se mostrar tal qual ele é. Os jovens admiram ao Papa porque encarna um cristianismo intenso e luta com determinação pela fé e a dignidade humana. Lhe concedem uma grande credibilidade, e isto porque enxergam que está totalmente entregue a Deus e aos homens, até o extremo do limite da audácia na doação de si mesmo.”[9]

Vivência da universalidade e comunhão da Igreja:

“Estando juntos podem se interrogar sobre as aspirações mais profundas, experimentar a universalidade e comunhão com a Igreja, se comprometer com a urgente tarefa da nova evangelização. Desta forma se dão a mão, formando uma grande corrente de amizade, unindo as cores da pele e das bandeiras nacionais, a diversidade das culturas e das experiências, na adesão da fé no Senhor Ressuscitado.” [10]

Os jovens protagonistas da nova evangelização e da construção da Civilização do Amor:


“Amados jovens, permiti que vos ponha agora uma questão. E vós o que é que deixareis à próxima geração? Estais a construir as vossas vidas sobre alicerces firmes, estais a construir algo que há-de durar? Estais a viver a vossa existência de modo a dar espaço ao Espírito no meio dum mundo que quer esquecer Deus ou mesmo rejeitá-Lo em nome de uma falsa noção de liberdade? Como estais a usar os dons que vos foram dados, a “força” que o Espírito Santo está pronto, mesmo agora, a derramar sobre vós? Que herança deixareis aos jovens que virão? Qual será a diferença impressa por vós?”[11]

“Dissemos que os santos são os verdadeiros reformadores. Agora gostaria de expressá-lo de modo mais radical: só dos Santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo.” [12]

“A Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade... (este é) o caminho de heroísmo evangélico.” [13]

“O Evangelho torne-se o vosso tesouro mais precioso: no estudo atento e no acolhimento generoso da Palavra do Senhor encontrareis alimento e força para a vida de cada dia, encontrareis as razões de um empenho sem tréguas, na edificação da civilização do amor.”[14]


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Imagem: Cruz pastoral de Paulo VI, Gregorio Domínguez, 1982
[1] Carta ao Pontifício Conselho para os Leigos, 8 de maio de 1996
[2] Ibid.
[3] Ibid.
[4] João Paulo II, 6 de agosto de 2004
[5] João Paulo II, 22 de fevereiro de 2004
[6] Ibid.
[7] João Paulo II, 6 de agosto de 2004
[8] João Paulo II, 22 de fevereiro de 2004
[9] Mons. Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontificio para os Leigos, abril de 2002
[10] João Paulo II, 8 de maio de 1996
[11] Bento XVI, 20 de Julio de 2008
[12] Bento XVI, 20 de agosto de 2005
[13] João Paulo II, 6 de agosto de 2004
[14] João Paulo II, 29 de junho de 1999


Disponível no blog da Jornada Arquidiocesana da Juventude

BIOGRAFIA de Pier Giorgio Frassati


 BIOGRAFIA de Pier Giorgio Frassati


Os que pensam que os santos são pessoas tímidas e solitáras, que desprezam esta vida só pensando na outra, ficarão surpreendidos diante da figura do beato Pedro Jorge Frassati.

Verdadeiro brincalhão, apelidado de “Robespierre” por seus amigos, com quem formou a associação denominada “Tipi Loschi”, os tipos de arruaceiros. Frassati foi um amigo dos pobres e via neles o Cristo. São especialmente os jovens, que, em sua busca por um modelo, encontram alguém com quem se identificar. Pedro Jorge fez de sua curta vida uma “aventura maravilhosa”.

Pedro Jorge Frassati nasceu em Turim, Itália, em 6 de abril de 1901. Sua mãe, Adelaide Ametis, era pintora. Seu pai, Alfredo, agnóstico, foi fundador e diretor do jornal liberal “La Stampa”. Homem influente entre os políticos italianos, desempenhou também os cargos de Senador e Embaixador da Itália na Alemanha.

Pedro Jorge estudou em casa antes de ingressar em uma escola estatal junto com sua irmã Luciana, posteriormente freqüentou uma escola dirigida por jesuítas. Ali se associou à Congregação Mariana e ao Apostolado de Oração, chegando a comungar diariamente.

Pedro Jorge desenvolveu uma profunda vida espiritual que nunca deixou de compartilhar com seus amigos. A Santa Eucaristia e a Virgem Maria foram pólos de seu mundo de oração. Aos 17 anos de idade, em 1918, ingressou na Sociedade São Vicente de Paulo e dedicou a maior parte de seu tempo livre ao serviço dos doentes e necessitados, cuidando dos órfãos e dos soldados da primeira guerra mundial que voltavam para suas casas. Decidiu se graduar em engenharia mineral na Universidade Politécnica de Turim, com a finalidade de “servir melhor a Cristo entre os mineiros”, como expressou a um amigo.

Mesmo seus estudos, que considerava sua prioridade, não o apartaram da sua inflamada atividade social e política. 1919 se associou à Federação de Estudantes Católicos e à Ação Católica. Diferenciando-se das idéias políticas de seu pai, chegou a ser membro verdadeiramente ativo do Partido Popular, que promoveu os ensinamentos da Igreja Católica embasados nos princípios da “Rerum Novarum”. Também concebeu a ideia de unir a Federação de Estudantes Católicos à Organização Católica de Trabalhadores. “A caridade não basta: necessitamos de uma reforma social”, costuma dizer trabalhando para ambas.

Os pobres e os sofredores eram seus donos e ele foi para eles um verdadeiro servo, vivendo essa ocupação como um privilégio. Em Pedro Jorge, a caridade não consistia só em entregar algo para os demais, mas, antes em se entregar a si mesmo por  inteiro. Essa caridade se sustentava diariamente com Jesus Cristo Eucaristia, com a freqüente adoração noturna, com a meditação do hino da caridade de São Paulo e com férias na casa de verão da família Frassati, no vilarejo de Pollone, já que “Se todos saem de Turim, quem vai se encarregar dos pobres?”.

Pedro Jorge era um entusiasta esportista: um dos seus esportes favoritos o alpinismo.
As excursões que organizava com seus amigos, os “Tipi Loschi”, eram para ele uma ocasião concreta de apostolado.

Costumava ir ao teatro, à ópera e aos museus: amava a arte, a música e proclamava versos inteiros de Dante. Os veementes sermões de Savaranola e os escritos de Santa Catarina de Sena o impulsionaram a ingressar em 1922 na Terceira Ordem Dominicana. Quis se chamar Jerônimo, como o missionário dominicano e reformador do Renascimento florentino, Jerônimo Savanarola. “Sou um fervoroso admirador desse frei, que morreu como santo na fogueira” escreveu um dia a um amigo.

Tal qual seu pai, foi um vigoroso antifascista e nunca escondeu suas idéias políticas. A princípio se viu envolto em disputas contra os anticlericais, comunistas primeiro e fascista depois. Ao participar de uma demonstração organizada pela Igreja em Roma, sofreu a violência e foi preso pela polícia.

“Em Píer Giogio vemos o homem das oito bem-aventuranças, que traz consigo a graça do Evangelho, da alegria da salvação oferecida pelo Cristo”. João Paulo II.

Seu funeral foi um triunfo, as ruas da cidade se encheram de gente que chorava sem consolo e que sua família não conhecia: eram os pobres e necessitados que ele havia atendido sem desânimo durante sete anos; muitos deles ficaram surpreendidos ao se inteirarem de que o jovem que conheciam pertencia a uma família tão poderosa. Numerosos peregrinos, em especial jovens estudantes, vão ao túmulo de Pedro Jorge para solicitar favores e coragem para seguir seu exemplo. Em 1982, como última etapa do Processo Apostólico, foram exumados seus restos mortais, encontrando-se o corpo de Pedro Jorge intacto, com um sorriso iluminado.

O  Papa João Paulo II, depois de ter visitado seu túmulo em Pollone, em 1989 disse: “Quero render homenagem a um jovem que soube ser testemunho de Cristo com singular eficácia no nosso século. Eu também conheci, na minha juventude, a benéfica influência de seu exemplo cristão”.

Em 20 de maio de 1990, na Praça de São Pedro, diante de dezenas de milhares de fiéis, o Papa João Paulo II beatificou Pedro Jorge Frassati, considerando-o como “O Homem das oito Bem-Aventuranças”. Seus restos mortais foram trasladados do túmulo da família Frassati em Pollone para Catedral de Turim.

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Retirado do folhetim entregue aos jovens reunidos na Jornada Mundial da Juventude em Sidney, Austrália, no ano de 2008. O mesmo possuía autorização da Associazione Píer Giorgio Frassati


Pier Giorgio Frassati

Oração a Deus, com a intercessão do Bem-aventurado Pedro Jorge Frassati

Pai Celeste, nós vos agradecemos pela vida do Bem-aventurado Pedro Jorge Frassati, cujo zelo pela vida e o comprometimento à sua fé estavam unidos ao amor pelos pobres, doentes e necessitados. Que nós possamos imitar esta caridade alimentada pelo seu amor à Eucaristia, devoção à Nossa Santa Mãe e uma confiança inabalável em Vós, Pai.
Graças a seu testemunho comprometido de alegria e verdade; e fortalecido pelo Espírito Santo, Pedro Jorge viveu a vida como maravilhosa aventura provando que a santidade é possível a todos. Que nós possamos também, através de suas orações e testemunho do Evangelho, viver uma vida que alcance o alto! Nós vos pedimos por Cristo, nosso Senhor, Amem.

Bem-aventurado Pedro Jorge Frassati, rogai por nós.

Oração pela Canonização de Pedro Jorge

Ó Deus misericordioso, que em meio aos perigos do mundo
conseguistes preservar por Vossa graça o Vosso servo Pedro Jorge Frassati puro
de coração e ardoroso na caridade, escutai, nós Vos pedimos, às nossas orações e, se for de Vossa vontade que ele seja glorificado pela Igreja, mostre-nos o Vosso querer, nos dando as graças que Vos pedimos, por sua intercessão. Pelos méritos de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.”

Imprimatur, 1932 + Maurillo, Arcebispo de Turim


 FRASES E TRECHOS SELECIONADOS

“Jesus vem a mim a cada manhã na Santa Comunhão e eu O retribuo de uma maneira pequena visitando os pobres” (disse Pedro Jorge a um amigo)

“Ele testemunha que a santidade é possível para todos...Esforçai-vos para conhecê-lo! Eu confio vosso compromisso missionário a ele” (João Paulo II)
Se meus estudos permitirem, quero passar dias inteiros nas montanhas, contemplando naquele ar puro a grandiosidade do Criador” (carta a Marco Beltramo, 6 de agosto de 1923)

Impressionada, as pessoas viam esse jovem nas ruas de Turim  ajudando os pobres a procurar uma casa; puxando carroças cheias com seus pertences”.

Quando um amigo o perguntou como ele podia agüentar os odores e a sujeira das favelas, ele respondeu: “Nunca esqueça que mesmo sendo a casa miserável, você está se aproximando de Cristo. Em meio aos doentes e desafortunados, vejo uma luz peculiar, uma luz que não temos.

Viver sem uma fé, sem um patrimônio para defender, sem um esforço constante, pela verdade, não é viver mas somente existir.” (carta a I. Bonini, 27 de fevereiro de 1925)

Não são aqueles que sofrem violências que devem temer, mas aqueles que as praticam. Quando Deus está convosco, nós não precisamos ter medo.”

A fé dada a mim no batismo me sugere com uma voz segura: Por suas próprias forças, você nunca fará nada, mas se você tiver Deus como centro de suas ações, então sim, você alcançará o objetivo.” (carta a I. Bonini,, 15 de janeiro de 1925)

Na oração a alma se eleva acima da tristeza da vida.” (uma dedicação em um livro dado por Pedro Jorge a um amigo)

Quanto mais alto formos, melhor nós ouviremos a voz de Cristo.”

Nós costumávamos visitar os leprosos do Hospital de São Lázaro – nos deparamos com um jovem, 20 anos, cuja face estava destroçada pela lepra...temos o dever de colocar nossa saúde a serviços daqueles que não a tem; pois agir de outra forma seria trair o dom de Deus e de Sua bondade.” (T. Vigna, amiga de Pedro Jorge)

Eu não hesitaria em dizer que o segredo da perfeição espiritual de Pedro Jorge deve ser encontrado em sua devoção a Maria...Nunca se passou um dia sem que ele estivesse aos pés de sua Mãe celestial com seu terço, sua oração favorita, entrelaçado em seus dedos...” (Marco Beltramo, amigo de Pedro Jorge)

Eu suplico a vocês com toda a força da minha alma que se aproximem da Mesa Eucarística tanto quanto possível” (Aos jovens católicos de Pollone, 1923)

Eu também amei assim” (Pedro Jorge sofreu por não ter conseguido concretizar seu amor por uma garota em particular e teve que entregar isso a Deus)

E peço que reze para que Deus me dê a força cristã para suportar tudo isso serenamente e que Ele a dê toda alegria terrena e a força para finalmente alcançar o fim para o qual fomos criados.” (de uma carta a I. Bonini, 28 de dezembro de 1924)

Na vida terrena, depois dos pais e das irmãs, uma das mais bonitas formas de afeição é a amizade.” (carta a I. Bonini, 10 de abril de 1925)

Você me pergunta se eu sou feliz. Como não poderia ser, enquanto minha fé  me der força...pois o sofrimento é algo bem diferente da tristeza, que é a pior doença de todas. É quase sempre causada pela falta de fé”. (Carta à sua irmã Luciana, 14 de fevereiro de 1925)

Verso l’alto – “Em direção ao alto” (frase profeticamente escrita por Pedro Jorge atrás de uma foto poucas semanas antes de morrer. Esse tornou seu lema.)

“A glória de Deus é o homem completamente vivo” (Santo Irineu. Adv. Haeres 4, 20)

Luciana Frassati se recorda que, nas útimas horas de sua vida, Pedro Jorge “mal conseguia falar, mas um traço de vida permanecia em seus olhos, que estavam fixos na face de Nossa Senhora.”

O dia de minha morte será o dia mais bonito da minha vida.” (falado rotineiramente por Pedro Jorge)

o melhor homem do mundo está morto” (do diário de Alberto Falcheti um menbro italiano do parlamento quando Pedro Jorge morreu)

Oração e contemplação, silêncio e recepção dos sacramentos deram o tom e a substância para seus variados apostolados; e  sua vida, animada pelo espírito de Deus, é transformada em uma aventura maravilhosa.” (Papa João Paulo II – Roma, 20 de maio de 1990)



GP Giorgio Frassati

Somos um grupo de aproximadamente 15 amigos de diversas realidades, carismas e paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte que, respondendo ao convite que sua Santidade o Papa Bento XVI dirigiu aos jovens em sua mensagem para a JMJ de Madri, desejamos participar da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Madri neste ano.

Como os demais grupos do Brasil e da Arquidiocese de Belo Horizonte, somos um grupo formado por jovens com baixa condição financeira. Estamos realizando atividades para arrecadar verbas. Caso tenha interesse em colaborar com alguma doação ficaríamos muito grato!

Escolhemos o Beato Pier Giorgio Frassati como nosso padroeiro, além do fato dele ter sido um dos padroeiros da JMJ em Sidney, neste ano, no dia 06 de abril, completará 110 anos de seu nascimento. Frassati foi um extraordinário jovem que, por amor a Cristo dou sua vida generosamente aos cuidados dos mais necessitados e seus amigos. João Paulo II o chamou de “O Homem das oito Bem-Aventuranças”. 


Nosso grupo é caracterizado pela generosidade, compromisso, pontualidade, espírito missionário e amor à Cristo, a Igreja e ao Papa

Entre em contato conosco pelo e-mail: jmj2011@centroschuman.org 

"Enraizados e Edificados em Cristo, Firmes na Fé" (cf. Col 2, 7)